Uma nova onda invade as escolas e, infelizmente, também o frágil
imaginário das nossas crianças. Duas canetas, uma folha de papel com as palavras
sim e não e alguns meninos curiosos... Isso já é o suficiente para fazer a
brincadeira funcionar. Ou não seria uma brincadeira?
Eu não estou aqui para provar por A + B que o giro da caneta é apenas o consequência da respiração proveniente das narinas das crianças que,
debruçadas sobre a folha de papel, ficam ofegantes só de pensar na existência de
um mundo que eles não conhecem. Também não quero convencer ninguém que foi o “coisa ruim” ou um espírito maligno que provocou o movimento para a
posição sim ou não, pois eu já tenho um pouco mais de quatro décadas de
idade e ainda não aprendi o suficiente sobre aquilo que não podemos ver ou tocar. Pudera, quando eu era criança a nossa brincadeira mais medonha era a Cobra Cega.
Hoje nós vivemos um tempo de redes sociais e zapzap, onde toda e
qualquer informação (boa ou não) se espalha em segundos pelos smartphones que,
querendo ou não, toda criança possui. Com isso, eu me assusto mesmo é com o impulso
desses pequenos que tremem de medo, mas ainda assim não hesitam em querer desvendar
os segredos daquilo que eles nem fazem ideia do que seja. Eu me impressiono a
cada dia mais com a intelectualidade deles, que buscam a todo momento qualquer nova
sensação para suas vidas, mesmo que seja precoce e perigosa.
Esta semana dois dos meus filhos (12 e 7 anos) tiveram que dormir na minha cama por causa do
tal desafio #CharlieCharlie. Mas apesar do prazer de dormir com eles grudadinhos
como se bebê ainda fossem, eu não quero que isso aconteça novamente. Talvez o
erro seja meu, que deveria obrigá-los a usar mais a caneta para escrever e
aprender e não para fazer uma coisa tão idiota e sem fundamento. A verdade é
que essa brincadeira se não for maldita por sua origem acaba sendo por suas
consequências.
De qualquer forma aproveito para perguntar: #CharlieCharlie,
você está ai? Então vá embora em nome de Deus.
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