segunda-feira, 1 de junho de 2015

CHARLIE, CHARLIE.

Uma nova onda invade as escolas e, infelizmente, também o frágil imaginário das nossas crianças. Duas canetas, uma folha de papel com as palavras sim e não e alguns meninos curiosos... Isso já é o suficiente para fazer a brincadeira funcionar. Ou não seria uma brincadeira?

Eu não estou aqui para provar por A + B que o giro da caneta é apenas o consequência da respiração proveniente das narinas das crianças que, debruçadas sobre a folha de papel, ficam ofegantes só de pensar na existência de um mundo que eles não conhecem. Também não quero convencer ninguém que foi o “coisa ruim” ou um espírito maligno que provocou o movimento para a posição sim ou não, pois eu já tenho um pouco mais de quatro décadas de idade e ainda não aprendi o suficiente sobre aquilo que não podemos ver ou tocar. Pudera, quando eu era criança a nossa brincadeira mais medonha era a Cobra Cega.

Hoje nós vivemos um tempo de redes sociais e zapzap, onde toda e qualquer informação (boa ou não) se espalha em segundos pelos smartphones que, querendo ou não, toda criança possui. Com isso, eu me assusto mesmo é com o impulso desses pequenos que tremem de medo, mas ainda assim não hesitam em querer desvendar os segredos daquilo que eles nem fazem ideia do que seja. Eu me impressiono a cada dia mais com a intelectualidade deles, que buscam a todo momento qualquer nova sensação para suas vidas, mesmo que seja precoce e perigosa.

Esta semana dois dos meus filhos (12 e 7 anos)  tiveram que dormir na minha cama por causa do tal desafio #CharlieCharlie. Mas apesar do prazer de dormir com eles grudadinhos como se bebê ainda fossem, eu não quero que isso aconteça novamente. Talvez o erro seja meu, que deveria obrigá-los a usar mais a caneta para escrever e aprender e não para fazer uma coisa tão idiota e sem fundamento. A verdade é que essa brincadeira se não for maldita por sua origem acaba sendo por suas consequências.

De qualquer forma aproveito para perguntar: #CharlieCharlie, você está ai? Então vá embora em nome de Deus.  

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