A crise na Grécia se confunde com a sua própria mitologia.
Há tantas lendas nesse imbróglio econômico que fica difícil saber como tudo
começou e como isso vai terminar.
Certo é que dia 5 de julho haverá um referendo para o
povo decidir sobre algo que ninguém sabe bem o que é. Se ao menos Aristóteles
estivesse por essas bandas, os números do relatório que o FMI disponibilizou na
internet poderiam ser, quem sabe, melhor explicados. Mas nunca seriam compreendidos
de verdade.
Ainda que estivéssemos nos tempos da Grécia Antiga nem mesmo
os papiros seriam capazes de contar todos os desdobramentos dessa crise
colossal que atualmente a Reuters tenta, mas no fundo no fundo não consegue
explicar. Se bem que, se viesse um Cavalo de Tróia lotado de Euros o problema
da Grécia atual já teria sido resolvido sem precisar invadir lugar algum.
Com os olhos voltados para os bancos e não para o Monte
Olimpo, milhares de pensionistas gregos rezam para conseguir sacar os euros que
eles têm em suas contas. Medo de um calote do governo do primeiro-ministro “Zeus”
Alexis Tsipras, que posa sem gravata e também sem grana e sem argumentos
convincentes.
O destino do povo grego dessa vez não está nas mãos de Atena,
Afrodite e cia, mas nas garras da União Europeia e dos homens do FMI, esses sim
com gravatas italianas de seda pura.
Só Deus mesmo para tirar a Grécia dessa crise. Alias,
para um povo que historicamente era politeísta é bom poder contar com mais de
um ser superior para ajudar nessa difícil missão.
Seja o qual for o final dessa história, vai ser difícil
agradar a gregos e troianos numa mesma tacada.
No Facebook
No Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Digite aqui seu comentário. Se não tiver um login válido e comentar como Anônimo, favor colocar o seu nome no final para que o autor saiba quem é!