sábado, 11 de outubro de 2014

DINASTIA BRASIL

Diego Tardelli comemorando o segundo gol.            Fonte: R7
No café da manhã de hoje (07/10) em Pequim o biscoito da sorte chinês que o Dunga pegou deve mesmo ter vindo com uma mensagem do tipo: “Não importa o tamanho da montanha, o sol sempre pode superá-la”.

Superstições a parte do nosso novo velho técnico, o que se viu durante o jogo entre Brasil 2 e Argentina 0 foi mais ou menos nessa linha profética. O brilho da nossa camisa amarela sobrepondo a estável montanha da seleção argentina comandada por Messi, Di Maria e sua tropa. Contrariando as apostas de milhões de olhinhos puxados e quiçá alguns milhões de brasileiros, a nossa seleção ainda em reconstrução depois da derrota da Copa do Mundo do Brasil venceu com mérito a Argentina vice campeã mundial – a mesma que perdeu a final da Copa mas colocou água na cerveja da campeã Alemanha num recente amistoso em Dusseldorf, vencendo-a por 4 a 2.

Diz a história que na Dinastia Ming (1368 a 1644) tinha um exército de soldados composto por um milhão de chineses focados em vencer seus inimigos a qualquer custo. Talvez tenha sido essa a força e a inspiração que os nossos guerreiros tupiniquins usaram para vencer os argentinos e levantar pela terceira vez consecutiva a taça do Super Clássico das Américas, que por sinal era de chumbo e não daquela fina porcelana chinesa.

Os dois gols do samurai Diego Tardelli e o pênalti perdido pelo Messi  foram os pontos épicos do espetáculo.  Opa! Eu disse samurai? Bem, samurai é japonês e não chinês. Mas cá pra nós, num jogo onde nosso adversário foi mais made in China do que raça argentina, um samurai chinês com careca de Buda indiano e que come pão de queijo mineiro não me parece ser tão falso assim né!

Enfim, seja pela sorte do biscoitinho ou pelo talento dos nossos jogadores, o povo brasileiro espera que os ares poluídos de Pequim possam ter servido para alavancar o Brasil na longa caminhada que teremos até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Tomara que hoje, do Estádio Ninho do Pássaro, possa ter renascido a nova seleção canarinho... Ou quem sabe, aquele velho e glorioso império do futebol conhecido pelo mundo inteiro como a Dinastia Brasil.

4 comentários:

  1. DE DINASTIA MING A IMPÉRIO DO PÓ É SÓ UMA QUESTÃO DE VAIDADE. SE ESSA SELEÇÃO COMEÇAR A SE ACHAR COMO JÁ FAZEMOS DESDE 1994 VAMOS CONTINUAR A CAIR E SUBIR.
    TEXTO MUITO BEM ESCRITO, PARABÉNS!!!!

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  2. ... como de resto, sempre um texto excelente... abs (Chico Andrade)

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    1. Partindo de um profissional da sua qualidade, só tenho a agradecer Chico! Abraços.

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