Mais de meio século se passou desde o descobrimento do
Brasil e a Bahia voltou a receber uma fragata portuguesa. Porém dessa
vez, as lembranças daquela nação aventureira e colonizadora se resumiram ás barbas
de Raul Meireles, ao bigode de Hugo Almeida e ao escudo glorioso e imponente da
camisa grená.
Ao desembarcar na Arena Fonte Nova os nossos lusos encontraram
uma moderna Alemanha que tinha, além da sua chanceler Angela Merkel na tribuna
de honra, também uma seleção já bem ambientada com o clima da Bahia. Já que treinam em Santa Cruz de Cabrália, justamente
na costa do descobrimento de 1500.
O placar do jogo, 4 a 0 para Alemanha, reflete bem o que
aconteceu. O time lusitano não conseguiu navegar na onda formada pela torcida, a
Ola, e nem no esquema tático programado pelo seu técnico. Foi uma pena, já que um
povo tão grato aos irmãos portugueses certamente estava torcendo para que
Portugal redescobrisse o Brasil, ou o Brasil descobrisse o Portugal da bola.
Dessa vez os portugueses não encontraram índios de peles amarronzadas, mas alemães
torrados pelo sol da Bahia; não receberam a carta de Pero Vaz, mas a copia da súmula
de jogo; e não admiraram a beleza nativa das Terras de Santa Cruz, mas o topete cuidadosamente modelado do CR7.
Fato é que, nessa curta viagem na Copa do Mundo ainda há
esperanças, já que os nossos patrícios perderam apenas uma de suas caravelas. Mas
já vou avisando: o mar é de todos, mas o Brasil (agora) é nosso!
Então, até nos encontrarmos... Boa sorte Portugal!
Brasileiro sempre torce para Portugal. Mas a seleção ainda tem um longo caminho pela frente.
ResponderExcluirParabéns lange........................ Vicente
Fazemos piadas entre si, mas somos amigos "COM CERTEZA". Abraços
ExcluirCaro Lange,
ResponderExcluirrealmente no jogo de ontem Portugal foi triste, pobre e vergonhoso, do ponto de vista futebolistico!
Se o povo português, por certo como o Lange testemunhará aí com algum emigrante (para nós com «e» para vocês com «i») português, é um povo honrado e trabalhador, por algum acaso a selecção deste país foi o oposto: pouco competente e mais que isso pois é envergonhante, sem honra!
Gostei do seu texto, e acrescento, foram 4 e poderiam ser mais. E se os jogadores tivessem brio, esse resultado poderia se com qualquer outra selecção (bem exceptuando a Espanha, a França, a Inglaterra), mas não com a Alemanha, ainda por cima com a Gorda a assistir e por todo o sofrimento que o povo português tem tido neste últimos anos!
Noto no seu texto um certo ar de mágoa meu querido António, parece que já há um histórico de situações que vem acontecendo ai entre Portugal e Alemanha que nós, aqui do Brasil, pouco sabemos. Mas a alegria portuguesa é algo que encanta inclusive ao povo mais alegre (mesmo sem tantos motivos) do mundo, nós. Obrigado pelo comentário e boa sorte no próximo jogo.
ExcluirNão, caro Lange, futebolisticamente não há nenhuma histórico que envergonhe Portugal em relação à Alemanha, a derrota seria natural, pois à máxima de Gary Lineker (antigo ponta-de-lança inglês) mantém-se perfeitamente válida: no futebol são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha. Mas perder por... 4-0!!!!
ExcluirO lamento a que me reporto, não é futebolistico, é sim, do ponto de vista social e económico: o sofrimento do povo português nestes últimos 3 anos, paralelo às vossas intervenções do FMI, que aqui o rosto deste sofrimento é.... a Gorda (a Merkl). Face a todo esse sofrimento, os jogadores portugueses deveriam ter tico mais brio em defrontar essa selecção.
Não sendo Portugal, quase todo o português deseja que seja o Brasil, mas, francamente, o vosso primeiro jogo não me conveceu!
Quem sabe, se ambas as selecções coxas, a nossa muito mais que a vossa, a final não possa ser um encontro entre ambas!
Francamente, acho um delírio, pois Portugal Faz três jogos e, regressa para casa!
Cumprimento,
António
Entendo... Mas ainda acho que CR7 deslancha no próximo jogo e redescobre o Brasil.
Excluirabraços.
Lange, peço desculpa por não ter assinado: António (com ´ e não com ^)
ResponderExcluirAviso aos navegantes: os EUA venceram e a classificação lusa fica muito difícil. A não ser que iniciem a Revolução dos Cravos das Chuteiras.
ResponderExcluirTá avisado Rubens! (risos)
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