A vida boêmia do Rei do Brega, Reginaldo Rossi, sempre foi
regada a farras, bebidas e cigarros. Não tão diferente de nós, moderninhos, que
nos exibimos em fotos de redes sociais erguendo o copinho de cerveja com um orgulho
e uma supremacia que não dá pra curtir nem compartilhar. A turma do UHUUU atrás, os olhos estatelados e
o sorriso fácil não escondem o estado etílico que não é exemplo nenhum para
nossos filhos ou para qualquer outra criança que tenha acesso a essa nova
sociedade virtual (alterando o ano de nascimento no cadastro, tá na rede).
A idéia é pararmos e repensarmos sobre o que queremos deixar
para outras gerações. Ou, caso não queira deixar nada, não vá para o próximo parágrafo.
Chamar pelo nome o garçom que cansou de escutar suas centenas de caso de amor, demonstra mais do que uma fidelidade improdutiva, é um encontro marcado do seu fígado ou do seu pulmão numa outra mesa não tão alegre quando a de um bar, da sala de cirurgia. Ou, a curto prazo, aquela ressaca podre que te faz faltar ao trabalho mais uma vez.
O sucesso do cantor plebeu que venceu em meio a um reinado musical elitizado deve sim ser reverenciado. Afinal, de bailes à cabarés, de amores não correspondidos à famosa dor de corno, ele tornou público muito do que a sociedade queria esconder.
Mas o que é questionável não é o talento ou a nossa cervejinha de fim de semana, e sim os vícios que não levam ninguém definitivamente a sucesso algum. O máximo que podemos conseguir é uma cirrose hepática ou um câncer de pulmão com muitas metástases. E esse último, infelizmente, é o caso do Reginaldo Rossi. Sem contar que muitos idiotas ainda dirigem depois de beber, auxiliados por outros idiotas tecnológicos que criam aplicativos para avisar onde estão as blitz da Lei Seca.
Ser simples e buscar a felicidade nas coisas cotidianas e, se possível, naturais, é a melhor opção para se viver bem. E isso é servido de bandeja pra gente, sem comanda ou custo algum. Claro que nada impede que sejamos atropelados na calçada de casa, sendo saudável e malhando a nossa endorfina toda manhã. Mas se podemos evitar pra quê arriscar, não é mesmo?
Então, prefiro viver uma vida sem álcool, sem cigarros e sem noitadas. Feliz e “sem graça”... Mas
se eu pegar no sono, me deite no chão.
Essa sua mania de tornar um assunto atual e aparentemente sem importancia em algo interessantíssimo é fantástica. Parabéns mais uma vez por me servir com esse texto... GARÇOM!!!
ResponderExcluirum abração ---------------------- Revilmar
Valeu Revilmar. Você é 10!
ExcluirLegal Lange.
ResponderExcluirDespojado e pontuando sua posição
sobre algo tão 'fútil'.
Abraços..a todos.
pr.Gilson.
Na verdade amigo Gilson, penso que todo tipo de bebida e cigarro deveriam ser banidos da humanidade. Algo que o bem é apenas momentâneo e que o malefício pode causar a própria morte, não deveria ser legalizado.
ExcluirO alcoolismo mata muita gente, sem contar a família que morre um pouco a cada porre do ente querido. O cigarro mata com classe (pelo menos para quem ainda acredita que fumar é bonito)!
Esses vícios são um atraso de vida, ou, um adianto de morte.
Abração
Um brinde a mais um excelente post!
ResponderExcluirMas banir a cervejinha nossa do final de semana seria demais.
Caro Lange: escreva com moderação.
Forte abraço e boas festas.
Rubão. Sua experiência na área me trazem opiniões que estão sempre a dose certa. Sempre sóbrio e convincente.
ExcluirAlterei o 5º parágrafo, afinal, textos são como bêbados: também trocam as pernas (palavras) de vez em quando.
Quando quiser, aparece aqui de novo pra gente tomar uma.
Abração.
Realmente a hipocrisia não tem limites. O mesmo autor que cria um texto contra o cigarro e o álcool, afirma tomar "cervejinha". É lamentável esse apoio a uma droga pesada.
ResponderExcluirÉ a primeira e última vez que entro neste blog.
Paulo. Que pena que não irá mais entrar no meu blog. Sendo assim, nem poderei te dar uma resposta sobre seu questionamento, já que também não tenho seu email. Paulo de quê mesmo?
Excluirabraços.