Existem várias formas de uma torcida hostilizar um
jogador adversário, mas o preconceito racial talvez seja a pior de todas. O
fato que aconteceu com o jogador Tinga, do Cruzeiro, na partida contra o Real
Garcilas, no Peru, é sem dúvida um retrocesso à evolução humana.
Mas imitar um macaco a cada vez que o Tinga pegava na
bola foi apenas o topo da merda de torcedores em que nos tornamos ao longo do
tempo. Discriminação por discriminação, isso também acontece em vários estádios
aqui no Brasil, porém sem a imbecilidade organizacional que a torcida peruana
conseguiu. Nós, agora sentados em cadeiras numeradas, também chamamos
jogadores de macaco, de viado e gritamos palavras de baixo calão enquanto
fingimos assistir a uma partida de futebol. Chamamos de gostosa a namorada do outro torcedor e até nas músicas que cantamos nos
estádios, de norte a sul, nós fazemos rimas que sempre terminam com “U” (Viu?
Rimou.). Brigamos dentro da nossa própria torcida e chutamos a cabeça do cara no chão. E no final do jogo, apesar de folclórico e aparentemente engraçado,
ainda xingamos a mãe do juiz como se fosse a coisa mais normal do mundo. Falta respeito, Fair Play de torcida!
Demagogia pura! Não existe preconceito pequeno, médio ou
grande. Preconceito é preconceito e ponto! (De exclamação)
Fechado com o Tinga sim, mas também fechado com a mãe do juiz e com o torcedor que prefere ensinar ao seu filho a palavra mais emocionante
do futebol: GOOOOOL!
Chega de palhaçada!!! Eu também odeio ir num estádio e ouvir tantos palavrões,FIco irritada. Parabéns, texto muito bom.
ResponderExcluirObrigado. Se puder, deixe o seu nome. Abraços.
ResponderExcluir