quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

#FechadoComOTinga , mas...

Existem várias formas de uma torcida hostilizar um jogador adversário, mas o preconceito racial talvez seja a pior de todas. O fato que aconteceu com o jogador Tinga, do Cruzeiro, na partida contra o Real Garcilas, no Peru, é sem dúvida um retrocesso à evolução humana.

Mas imitar um macaco a cada vez que o Tinga pegava na bola foi apenas o topo da merda de torcedores em que nos tornamos ao longo do tempo. Discriminação por discriminação, isso também acontece em vários estádios aqui no Brasil, porém sem a imbecilidade organizacional que a torcida peruana conseguiu. Nós, agora sentados em cadeiras numeradas, também chamamos jogadores de macaco, de viado e gritamos palavras de baixo calão enquanto fingimos assistir a uma partida de futebol. Chamamos de gostosa a namorada do outro torcedor e até nas músicas que cantamos nos estádios, de norte a sul, nós fazemos rimas que sempre terminam com “U” (Viu? Rimou.). Brigamos dentro da nossa própria torcida e chutamos a cabeça do cara no chão. E no final do jogo, apesar de folclórico e aparentemente engraçado, ainda xingamos a mãe do juiz como se fosse a coisa mais normal do mundo. Falta respeito, Fair Play de torcida!

Demagogia pura! Não existe preconceito pequeno, médio ou grande. Preconceito é preconceito e ponto! (De exclamação)

Fechado com o Tinga sim, mas também fechado com a mãe do juiz e com o torcedor que prefere ensinar ao seu filho a palavra mais emocionante do futebol: GOOOOOL!

2 comentários:

  1. Chega de palhaçada!!! Eu também odeio ir num estádio e ouvir tantos palavrões,FIco irritada. Parabéns, texto muito bom.

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  2. Obrigado. Se puder, deixe o seu nome. Abraços.

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