Quando eu tinha 16 anos eu ouvia Legião Urbana. Também
era "aborrescente", mas se existe algo que eu fazia questão de não
fazer questão nenhuma: era andar em bando. Já dizia minha mãe: “um é solidão,
dois é parceria, três é turminha, mais que isso é quadrilha”.
Os rolezinhos são a tempestade que chega, mas não tem
o castanho dos olhos, tem o cinza do terror que provocam nas pessoas. Hoje nos
shoppings centers, amanhã nos parques da cidade, um dia na cadeia.
É uma festa estranha, com gente esquisita e isso não é legal. Por mais que
alguns queiram apenas se divertir junto vem um monte de bandido infiltrado, como
nas manifestações do ano passado, e muitos entram na onda. Esses garotos são tão
anarquistas quanto eu era na década 80, porém agora eles têm a força da
internet (onde são organizados os encontros) e a impunidade da atual justiça a
seu favor.
Gostaria de ver meninos e meninas tão jovens curtindo
Bandeira, Bauhaus, Van Gogh, Mutantes, Caetano e Rimbaud, ou, no mínimo, no
esquema escola, cinema, clube e televisão – e não descendo até o chão
sonorizados por letras indecentes de funk ou escrevendo “comcerteza” e “naum”
nas redes sociais. A pobreza não está no que podemos ter ou
tocar, mas no espírito, naquilo que buscamos ser por dentro. Inclusão social
não se impõe, se conquista principalmente com educação. Educação que hoje temos
mais acesso através de cotas especiais em faculdades, ENEM´s e SISU´s da vida.
Então, não temos tempo a perder.
Até quando os rolezinhos vão durar? Não sabemos. O que
sabemos é que esses Eduardos de bonés de aba reta e Mônicas de melissas e
shortinhos, estão adorando tudo isso, tipo: tem uma festa legal e a gente quer
se divertir.
A minha opinião, como a da maioria das pessoas de bem,
rouba trechos de Renato Russo, aquele que mesmo sendo um drogado soube como
ninguém eternizar sua rebeldia em música.
Acho isso um TEMPO PERDIDO... SELVAGEM, SELVAGEM,
SELVAGEM!
Zika, tigrão! Mandô bem. Tá ostentando maneiro.
ResponderExcluir"Quem me dera, ao menos uma vez, explicar o que ninguém consegue entender: que o que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente."
Tá ligado?
É isso ai Rubão. Somos a gota d'água, somos um grão de areia... Meu filho não vai ter nome de santo, mas vou tentar explicar a ele a grande fúria do mundo (mesmo sem entender direito).
ExcluirAbração.
OLÁ.
ResponderExcluirFIZERAM UM COMENTÁRIO NO MEU BLOG SOBRE ESSA MATÉRIA E SEU SEU BLOG. VOU REPRODUZÍ-LA NO MEU BLOG E SE VC NÃO CONCORDAR EU RETIRO.
ABS DO BETOCRITICA.BLOGSPOT.COM.
Obrigado pelo prestígio. Fique a vontade Beto.
Excluirabraços.
ResponderExcluirRolezinho no Planalto, por Guilherme Fiuza
O drama é que o PIG asqueroso agora até obrigações oficais, da mais alta urgência para o país, irá chamar de rolezinho.
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http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2014/01/18/rolezinho-no-planalto-por-guilherme-fiuza-521244.asp
Cada qual dá seu rolezinho onde quiser! E escuta a música que quiser! Quem disse que curtir funk e dar rolezinho cabe somente aos excluídos e que eles devem ter o mesmo gosto que vc? Será que vc não quer impor sua cultura a estes jovens? Pense bem...MM.
ResponderExcluirOlá MM.
ExcluirEu não modero nem excluo comentários do meu blog. Isso é democracia. E, assim como um shopping aqui também é um espaço aberto a todos. As portas não são baixadas a cada vândalo, geralmente anônimo, que entra.
Obrigado senhor ou senhora???